«Stoner», por John Williams
Li este livro enquanto estava de férias na costa Alentejana. A disponibilidade em termos de tempo ajudou, mas a verdade é que a escrita despretensiosa e límpida de Williams fez com que lesse Stoner num ápice. Decorrido mais de um mês desde o dia em que o terminei, olho para este livro como que para uma lufada de ar fresco. Há muito que não lia nada tão simples e, ao mesmo tempo, tão encantador.
Stoner era um homem de origens humildes que se tornou, quase acidentalmente, num professor de literatura. A sua vida foi sempre pautada pela simplicidade e ausência de intriga. Viveu um casamento desapaixonado, teve uma filha que foi o amor da sua vida, pelo meio ofereceu-se a uma paixão extraconjugal, ensinou alunos que queriam ser ensinados e outros que nem tanto. Não foi extraordinário em nada e isso tornou-o extraordinário. A simplicidade comove-me e é por esse motivo que este livro me marcou tanto. Todas as vidas, por mais desinteressantes que possam parecer, têm as suas idiossincrasias, e é isso que torna o ser humano fascinante aos meus olhos.
Fiquei fã de Williams e conto continuar a descobrir a sua obra.
Avaliação: 4/5
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